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Eles não são como nós.

Em 2021, na COP26 em Glasgow, parecia que o mundo finalmente havia aceitado o que muitos de nós já reconhecíamos há muito tempo: a mudança climática vai muito além de uma questão ambiental — ela representa uma ameaça econômica e sistêmica sem precedentes. Líderes globais e investidores prometeram trilhões de dólares para descarbonizar portfólios e alinhar suas estratégias com as ambiciosas metas do Acordo de Paris. Foi um momento carregado de otimismo, uma amostra do que uma ação coletiva e ousada poderia alcançar.

 

No entanto, em pleno 2025, a realidade parece drasticamente diferente. Muitos dos mesmos investidores que antes defendiam com paixão a ação climática agora recuaram após a reeleição de Donald Trump, revelando que seus compromissos eram condicionais — sujeitos à “vibe” do momento, à conveniência e aos sentimentos políticos. A urgência da ação climática, porém, não oscila com os ciclos eleitorais. Ela permanece implacável, indiferente à nossa política e profundamente inflexível.

 

Sejamos claros: a cada dia que adiamos ações significativas contra a mudança climática, não apenas agravamos os riscos ambientais, mas também intensificamos as consequências econômicas e sociais. Não estamos falando de impactos teóricos — essa é uma realidade concreta, que se manifesta diariamente por meio de devastadores incêndios florestais, enchentes destrutivas, secas generalizadas e perdas econômicas astronômicas, medidas em trilhões. Ignorar esses alertas não é apenas moralmente indefensável — é financeiramente irresponsável.

 

Como investidores de venture capital, estamos em uma posição única para enfrentar esse momento de cabeça erguida. Conectamos inovação e investimento, alavancando capital para acelerar avanços tecnológicos disruptivos que enfrentem a crise climática de forma direta e impactante. Temos uma oportunidade extraordinária — e, mais do que isso, a responsabilidade — de impulsionar soluções que não apenas mitiguem os riscos climáticos, mas também criem oportunidades econômicas sem precedentes e fortaleçam a resiliência global.

 

Investing for climate and social positive impact isn't philanthropy; it's strategic business. It’s aligning returns with responsibility and positioning ourselves and our portfolio companies at the forefront of a new economic paradigm. It's about foresight, adaptability, and leadership in a rapidly changing world.

 

Investir para gerar impacto climático e social positivo não é filantropia; é estratégia de negócios. É alinhar retornos com responsabilidade, posicionando a Positive Ventures e nosso portfólio na vanguarda de um novo paradigma econômico. Trata-se de visão de futuro, adaptabilidade e liderança em um mundo em rápida transformação.

 

Se outros não estão dispostos a manter sua determinação, devemos assumir a responsabilidade e preencher esse vazio. Nunca tivemos um incentivo maior, nem uma obrigação mais urgente, para liderar com ousadia.

 

Eles não são como nós — e é exatamente por isso que é nosso dever permanecer firmes e seguir em frente.

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